MADRUGADA
Quando chego, em casa,
já de madrugada,
trazendo em mim
o teu perfume,
fico louco de ciúmes
do travesseiro que abraças,
do cobertor que te aquece.
Invejo as manhãs que te vêem acordar,
o chuveiro que te banha,
a toalha que te seca.
Quando chego, em casa,
já de madrugada,
cansado da emoção
de longa noite embalada,
ainda sentindo o sabor dos teus beijos...
Dá-me um desejo
de ser tua alvorada
para clarear com ternura
o teu rosto e
apanhar-te pela cintura,
já descansada
e ter de novo em meus braços
o teu corpo descoberto
sentindo os teus abraços
o sabor dos teus beijos
matando meus desejos.
Quando chego, em casa,
já de madrugada
o que me acode
é a esperança
de outra noite embalada,
com quem não me sai da lembrança!
Roberto Pinheiro Acruche
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