TEMOR OU FÉ



TEMOR OU FÉ

Pela vontade de Deus, estou vivendo,
desempenhando essa minha missão.
Ora cheio de esperança, querendo
viver mais, ora sem inspiração...

Esses momentos dúbios; condescendo!
Possivelmente não sejam em vão.
Ciência divina, que não compreendo.
Provavelmente existe uma razão.

Temor, fé, será? O que estou professando?
A vida ensina, sigo suplicando...
Pela paz, alegria e salvação.

Sigo enfrentando as minhas relutâncias,
absorvendo as minhas inconstâncias...
Pelos pecados pedindo perdão.

Roberto Pinheiro Acruche

MISTÈRIO




MISTÉRIO





Estava em sono profundo,
intensamente adormecido!
Teria sido uma noite densa,
longa
se um sonho não tivesse me
despertado,
deixando-me impressionado,
surpreso,
maravilhado.





Não foi um pesadelo!
Também não era um mundo
diferente,
distante, desconhecido.





Estava no meu aposento,
Inteiramente lúcido;
apenas deslumbrado
com a imagem que
surpreendentemente surgiu.





Em princípio era um anjo
todo prateado, com
aparência rígida,

zangado; em seguida ia se
transformando

na medida que se
aproximava,
até, ficar
inteiramente dourado,
reluzindo como ouro,
abrindo um sorriso
infantil, gracioso

e desaparecendo
silenciosamente,

evaporando-se, deixando
uma
ansiedade interminável;
um mistério! ...





Roberto Pinheiro Acruche





OUTONO DA MINHA VIDA

VIOLEIRO APAIXONADO


VIOLEIRO APAIXONADO

Sob a luz de um lampião

colocado sobre uma mesa

de madeira nobre,

porém pequena,

onde também tinha um ramo de flor,

ouvia cantigas de amor

de um violeiro solitário

exaltando sua paixão.

Sentado num banquinho humilde

que ficava no canto da sala,

dedilhava sua viola

sonorizando a noite

escura lá fora,

onde os pirilampos

faziam refletir sua luminosidade

num pisca-pisca ritmado,

como se acompanhasse a melodia

do violeiro apaixonado

que não tirava da imaginação

a sua cabocla

a mais bonita daquela região.

Morena de olhos negros,

cabelos longos, caídos pelos ombros,

corpo fascinante,

cheiroso como a flor do campo;

lábios sedutores...

O solitário violeiro morria de amores;

sonhava abraçar aquela trigueira

rolar com ela na esteira

esbanjar todo o anseio

tocar em seus seios

fazê-la sentir no peito

todo o efeito

que jorrava de seu coração.

A moreninha linda e faceira,

lá distante,

em seu casebre

não escutava

quando o violeiro cantava

e a viola chorava

com os versos entoados:

“Vem morena, vem agora,

não resisto à solidão!

Eu canto e a viola chora

vem me dar seu coração...”

“Vem morena, não demora,

vem me dar seu coração

eu canto e a viola chora

não resisto a solidão.”

Roberto Pinheiro Acruche

JESUS


JESUS

Mestre! Vieste ao mundo pra sofrer?
Teu exemplo foi de grandeza?
Por que morreste na cruz, por quê?
Por que não resististe à força... Foi fraqueza?

Se tiveste o poder de salvar a humanidade
Por que não venceste o império do mal?
Seriam necessários séculos pra valer a verdade?
Por que Mestre, este mundo tão desigual?

Perdoa-me as interrogações.
Não duvido da tua palavra!
Mas são tantas as situações...

Porque os pequeninos famintos?... Milhões!
Este inferno aqui na terra?... Tão brava!
Esta guerra entre nações?

Roberto Pinheiro Acruche


Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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