PONTO FINAL
Apanhei a caneta,
que estava sobre a escrivaninha
e comecei a escrever,
no bloco que estava ao lado,
a carta de despedida.
Havia tomado uma decisão!
Um amor de tantos anos,
vivido com tamanha intensidade,
com total cumplicidade,
estava nos seus derradeiros momentos.
A impressão, é que
seria eterno, indissolúvel,
inquebrantável...
Mas acabou!
Sim... acabou definitivamente...
Não dava mais para continuar.
Porém, mais difícil que acreditar
era iniciar a missiva.
Rasguei a primeira folha...
Rasguei a segunda, e adentrei
a madrugada desfolhando o bloco
sem conseguir dar início ao texto
que pudesse explicitar a razão.
No alvorecer, na última folha,
em estado dúbio,sem saber começar,
escrevi apenas...
Não sei o que dizer...
PONTO FINAL.
Roberto Pinheiro Acruche
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