O VELHO PESCADOR


O VELHO PESCADOR


Na beira do mar,
vi o pescador chegar,
trazendo nos ombros a tralha,
o remo e o puçá.


Mais uma vez, mesmo já velho e cansado,aquele homem voltava trabalhar.

Seu pequeno barco,
movido a remo e a vela,
esta - envelhecida e remendada,
também já cansada
de tantas idas e vindas,suportando os ventos, o calor do sol,

a água salgada,

mesmo sem ser lavada,
era enrolada e amarrada
num pequeno mastro que a sustentava.


Empurrando a embarcação,

atravessando as primeiras ondas,
lá ia aquele cidadão, com o remo na mão,

de pé na popa da embarcação;
e movimentava com seus braços as remadas apressadas,

levando seu batelão,

invadindo aquele marzão...
Quase infinito... Bonito!...


Levando consigo a esperança inabalável,

que naquele dia, seria o dia do pescador,

sonhador, que sem temor,
ia buscar o sustento da sua vida, do seu amor,

que na praia ficou,

rezando pro Nosso Senhor,
conduzir aquele bravo lutador,
que nunca se entregou e nem desacreditou,

que era ali, nas águas daquele mar,

muitas vezes embravecida,

que a sua vida, já tão vivida,
encontraria a comida,
que fortalecia o corpo,
que sustentava a sua alma,
que com toda calma,

cumpria sua missão.


Aquele homem,
sozinho na embarcação,
jogava a rede, soltava e amarrava a vela,
manipulava o arpão,
pra puxar o cação,

que naquele dia veio-lhe as mãos.


Premiado... Sorte... Dádiva? Não sei não!
Será que vale pena?
Aquele homem,
numa embarcação tão pequena,
enfrentando as águas, nem sempre serenas,
cansado, envelhecido, maltrapilho, descalço,
molhado, pelos raios do sol queimado,
e a tantos anos lutado... - lutado...
Sem nunca ver melhorado a sua vida sofrida...
E a do seu amor, que na praia rezou,
quando o viu partir,
pelo mar adentro seguir,
temendo por saber, o perigo que todos os dias,

seu velho pescador enfrentaria,
sofrendo pela mesma incerteza e preocupação.
Por que razão o velho pescador solitário, cansado, não muda de profissão?


Seria promessa, teimosia, indiferença, fé, crença, ironia do destino?... - Que desatino!...
Seria compromisso divino, mistério, ideal, amor profissional?...


Paciência... Esse caso...

Este elo... O homem e o mar...
Nem a ciência será capaz de desvendar.
Somente Deus, pode explicar!


Roberto Pinheiro Acruche

SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO DOS JOGOS FLORAISDE CAMPOS DOS GOTACAZES

Da esquerda para a direita:Suely Petrucci -Presidente da Academia Pedralva Leras e Artes; Trovadora - Maria Nascimento dos Santos Carvalho -Presidente da Seção da UBT Rio de Janeiro; Almir Pinto de Azevedo -Presidente da Academia de Letras e Artes de Cambuci-RJ; Trovadora - Neiva Fernandes - Delegada da UBT Campos dos Goytacazes-RJ; Escritor e Presidente do CTC Clube dos Trovadores Capixabas.- CLênio Borges -ES; Trovadora - Ruth Farah Nacif - Cantagalo-RJ; Poeta, trovador- Vice-Presidente da Academia Pedralva Letras e Artes Roberto Pinheiro Acruche e Agostinho Rodrigues - Escritor, Trovador e Senador da Cultura da Sociedade Cultura Latina Seção Brasil - Estado do Rio de Janeiro.

Jogos Florais de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Com organização da Delegada da UBT de Campos, RJ, a Trovadora NEIVA FERNANDES, foi realizado nos dias 18 e 19 de Junho de 2011, os Jogos Florais de Campos, RJ. O evento aconteceu no Centro Cultural Anthony Garotinho, Rua Gil de Gois, 132 - Centro - Campos dos Goytacazes RJ. Esta foi a Primeira Edição dos Jogos Florais. O concurso de trovas líricas ou filosóficas, no âmbito estadual, teve a MÚSICA como tema e no nacional o PROGRESSO. Trovadores de diversas cidades participaram do evento. Fotos de Clério José Borges Presidente do CTC Clube dos Trovadores Capixabas.

AMIZADE


AMIZADE

Por todos os ambientes que andei:

Escolas, clubes...ruas das cidades...

Construir verdadeiras amizades,

entre tudo, foi o que mais procurei!

A amizade é a genitora da paz.

É a existência de um amor que não se afere;

é generosa, irmana e não nos fere...

É imortal, não se deslembra jamais!

A amizade é tal qual a “Luz Divina”

que a todo o momento nos ilumina,

que em nossas vidas, só nos faz o bem.

Faça de sua vida uma irmandade,

felizes são os que têm amizade.

Infelizes, são os que não a têm!

Roberto Pinheiro Acruche

ÁGUA E PEDRA


ÁGUA E PEDRA

Roberto Pinheiro Acruche

Quis a natureza

em sua sabedoria

criar dois elementos

de ampla utilidade

que se confrontam

todo o dia...

Essa disputa ferrenha

quem sabe, até inglória

há séculos faz história

e ditado popular!...

“Briga o mar com as pedras”

que impede sua passagem...

“Quem paga são os mariscos”

que nada tem com essa aguagem...

As pedras que os rios levam

deixam outras na saudade...

Então, as águas malevam,

será isso verdade?

A pedra, apesar de dura,

por naturalidade, candura,

sucumbe... a agressividade

das águas que sem piedade,

lhe bate, até que fura!

Entre o sólido e o líquido,

contraste da natureza...

Que deixa uma regra e lição:

Nada é tão mole que não fure

Nada é tão duro que não pereça

Quem não se move não alcança,

quem não alcança não se destaca!...

Tem a melhor arma de defesa:

Quem se move... Quem ataca...

Da esquerda para a direita: Roberto Acruche, Agostinho Rodrigues - Senador da Cultura e Dr. Elmar Matins panticipando da solenidade realizada na Academia Campista de Letras.


Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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