LENDA DA BAILARINA ANA DE AUTORIA DE ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE E TEMA DE PROJETO UNIVERSITÁRIO

A lenda da Bailarina Ana
Autor: Bruna Santos C. Mattos
Orientador: Jofre da Silva

Projeto fotográfico baseado na lenda da Bailarina Ana, de Roberto Pinheiro Acruche,  realizado na Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro.
Modelo: Fernanda Monteiro
O projeto:Como o ponto inicial do projeto é mostrar o lado místico da Floresta, foram pesquisados textos e lendas para embasá-lo. Até que a lenda “A lenda da Bailarina Ana” fosse a escolhida para basear o ensaio, em conjunto com a trova de mesmo nome que a resume.
Esta lenda representa bem o tema proposto, da magia e misticismo, por trabalhar tanto com o lado delicado do balé clássico, quanto o lado fantasmagórico, como se a bailarina nunca tivesse abandonado a floresta, mesmo após a morte.
Resumo da lenda:
Segunda a lenda de Roberto Pinheiro Acruche, Ana era uma menina do interior, que morava em uma fazenda com uma grande floresta em seus arredores, que não teve nenhuma formação no balé clássico, porém se tornou uma bailarina famosa. Com apenas os treinamentos solitários pela floresta, ela realizava os movimento do balé com delicadeza e perfeição de todas as técnicas que nunca estudou. Sua habilidade despertou a inveja das outras bailarinas que estudaram por anos e não conseguiram a fama que Ana possuía. Um dia Ana foi treinar na floresta, seu local preferido, mas nunca retornou. Como medida desesperada, seus pais mandaram derrubar todas as árvores para encontrar a filha, ficando
assim um imenso descampado por muitos anos. Até que, depois de muito tempo, nasceu na floresta uma árvore com o formato de uma bailarina executando um dos passos do balé clássico, o que era a maneira da floresta eternizá-la.
Autor da lenda: http://robertoacruche.blogspot.com.br/2010/12/lenda-da-bailarina-ana.html
Especificações:O projeto fotográfico consiste em 20 fotografias da bailarina pela floresta, onde, na exposição, cada fotografia é coberta com papel vegetal, formando uma aba a ser levantada, como uma capa translúcida que foi impressa com um trecho da trova relacionado à foto. Todas as fotografias, com suas respectivas abas, devemser  penduradas com barbante, seguindo a ordem da canção. Essa "capa" garantirá a narrativa e
guiará o expectador, além de criar um mistério, cobrindo parcialmente a fotografia. Assim, o público terá que chegar perto, ler o trecho da música referente à lenda, levantar a aba de papel vegetal e só depois analisar a foto. Um processo que criará um ar místico, misterioso e induzirá o expectador a desvendar a foto, A lenda da bailarina Ana.

O RIO

O RIO
Roberto Pinheiro Acruche

O rio passa
sereno... pacato...tranquilo...
Lentamente, com destino ao mar.
Durante o dia, suas águas cintilam
com os raios dourados do sol.
À noite, espelha as estrelas que brilham no céu.
E quando é lua cheia, ai então,
se transforma numa paisagem prateada
que encanta nossos olhos.
Nessa caminhada lenta,
atassalhando o solo,
irrigando as várzeas,
passam flutuando os galhos que secam
e caem dos seus troncos,
e sem destino, são levados e deixados,
cumprindo, quem sabe, as funções da natureza;
assim como as folhas que se soltam de seus galhos, as pétalas de flores que se desmancham
atirando-se nas águas em busca do seu fadário.
De vez em quando, flutua num navegar vagaroso, a canoa do pescador,
que rema pacientemente rumo ao ponto
onde esperançosamente arremessa a sua rede
na perspectiva de encontrar o cardume
ou então, a mais linda espécie originária daquelas águas; que enriquecerá a sua mesa ou a história que orgulhosamente conta de seus feitos.
O quadro é deslumbrante!...
Principalmente quando a vegetação,
sempre vistosa de suas margens,
como se desejassem beijar as águas
que irrigam as suas raízes,
deixa-se cair em sua busca;
assim como as árvores,
talvez encantadas com a beleza da imagem,
risonhas e felizes, a completa fazendo-se florir,
cada uma com a sua tonalidade,
colorindo num contraste
somente capaz de ser criado pela Divindade.
Em toda a sua trajetória, banhando as pedras,
rompendo obstáculos, cruzando campos,
atravessando as sombras dos arbustos que se fecham fazendo-lhe continência,
sob a luz do sol que vem do firmamento azul,
ou da noite escura refletindo nas águas as estrelas e até o prateado do luar sempre enamorado... Majestosamente, o Rio, que é vida, sonho, poesia, verso, símbolo, inspiração, chega a sua foz cantando e harmonizando uma imagem, cuja decoração, unicamente os Deuses seriam capazes de arquitetar.
Ah!...Meu rio poeta, inspirador...
Abençoado sois...
Maculados são aqueles que denigrem a sua imagem e tentam impedir o seu seguimento,
a sua missão,
que proporciona a natureza misteriosa,
elaborar as etapas de sua interminável evolução.

SEDE DE AMAR

SEDE DE AMAR
            Roberto Pinheiro Acruche
Dê-me o seu pecado,
esse corpo molhado,
quero saciar a minha sede...
A sede de lhe amar,
a sede de penetrar
nos mais íntimos sentimentos seus.
Entrega-me o seu pecado,
quero acariciá-la lentamente
fazê-la sentir suavemente
o desejo ardente
de possuí-la na fantasia dos meus sonhos.
Dê-me este corpo que me alucina,
que encanta o meu ser
que me faz padecer
na insuportável espera
de adormecer-me em seus
braços depois do prazer.
Não resista os meus apelos,
por que suporta seu desejo
tão delirante quanto ao meu?
Você não mais consegue esconde-lo,
ele aflora em seu ser
que deixa transparecer
em cada olhar, em cada beijo,
em cada abraço.
Será isso um capricho
que lhe faz adiar esse enlace?
Vamos acabar com esse disfarce,
venha me abrace,
desnuda-se e deixe seu corpo juntar-se ao meu,
que nesse encontro
todos os pecados serão perdoados,
serão dois seres apaixonados
que se unirão na graça bendita do amor.

POEMA "A ÚLTIMA GOTA"

A ÚLTIMA GOTA
Ela suspirou densamente
como se aspirasse
à última gota de oxigênio!
         Fechou os olhos,
         seus fascinantes olhos claros,
         entregando-me os seus lábios
sedentos de amor!
         E um beijo prolongado, selado, molhado,
         irrigou os nossos corações
         despertando ainda mais,
         a paixão que nos envolvia.
No calor de nossos abraços,
fomos nos despindo de cada peça
que impediam o encontro de nossa pele.
                   Desnudos, e num trocar de carinhos
                   fomos devagarzinho
fazendo fluir a chama que nos aquecia.
         Ardentemente nos entregávamos,
         numa entrega sem pudor,
         esbanjando amor
         em cada pedacinho de nosso ser.
Os lençóis rolaram,
os travesseiros caíram,
a melodia que climatizava romanticamente
o ambiente, acabou
e só fomos perceber
que depois do prazer
adormecemos respirando o ar da felicidade.
         Os nossos olhares se cruzaram,
         nossos lábios murmuraram e
         respiramos instintivamente
         o ar do amor.
Eu, depois disso tudo,
aspirando lentamente o
aroma suave da flor,
que adormeceu entre meus braços,
suspirei densamente,
como se aspirasse
à última gota de oxigênio.
Autor: Roberto \pinheiro Acruche


Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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