MENINA


MENINA

Menina

Quanta lembrança agora

Dos tempos de outrora

Quando olho o seu retrato.

Fingias inocente

Até que num repente

Mostrou-se mulher...

E não houve nenhum trato

Do que me lembro agora

Quando olho o seu retrato...

E daí pra frente

Foi tão diferente

Tudo que houve entre a gente...

E não havia hora!

E isto é um fato

O que recordo agora

Quando olho o seu retrato.

O tempo passou

A mulher se transformou

Da menina nada restou

O que recordo agora

Pensando em cada ato

Exatamente nesta hora

Quando olho o seu retrato.

Levando o que nada restou

Do encanto de menina

Que em mulher se transformou...

Você foi embora...

Ficando a lembrança,

Revivida nesta hora

Que o tempo não apagou

Da formosura de mulher

O que guardei com todo trato

O que vejo mais agora

Quando olho o seu retrato.

Roberto P. Acruche

DISCURSO DO ACADÊMICO CARLOS AUGUSTO SOUTO DE ALENCAR NA ABERTURA DA EXPOSIÇÃO LITERÁRIA DO POETA ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE NO PALÁCIO DA CULTURA

Acadêmico Carlos Augusto Souto de Alencar


























































Boa noite senhoras e senhores admiradores da poesia. É com muita honra e felicidade que assumi a grande responsabilidade de fazer um breve comentário sobre a obra de um dos maiores poetas da nossa região. Falo, obviamente, dessa grande personalidade e brilhante divulgador da literatura, o historiador, acadêmico pedralvense e membro da União Brasileira de Trovadores, Roberto Pinheiro Acruche.
Ter contato com a obra deste maravilhoso literato é desfrutar de sensações sublimes que nos carregam pelos caminhos mais substanciais da existência humana. Impressiona-me, de maneira definitiva, a fantástica capacidade de Roberto Pinheiro Acruche em tocar nossas almas com poemas que abordam temas diversificados utilizando uma escrita clara e, ao mesmo tempo, profundamente calcada na força de uma visão poética lírica e instigante.
Podemos perceber isso em poemas belíssimos como “Regresso”(que descreve a saudade com grande sutileza), “Arca dos Sonhos” (obra com forte teor reflexivo e existencial), “Beija-me” (poema que nos leva pelos caminhos poderosos da paixão) e “Degradação” (onde a preocupação com a questão ambiental é abordada com esmero), por mim citadas como exemplos para ilustrar a capacidade e o talento do meu amigo e confrade.
Roberto Acruche utiliza termos epistemologicamente perfeitos para escrever sobre temas relacionados à filosofia, cria universos de paixão e sensualidade quando escreve sobre o amor, demonstra uma visão vanguardista ao tratar sobre a ecologia, elabora trovas e sonetos com rara maestria e musicalidade e traz toda sua sensibilidade ao transformar em poesia temas sociais tão difíceis e complexos como os que afligem nosso tempo.
Conhecer a obra deste tão talentoso poeta traz, para todos nós, uma nova dimensão do que é a poesia e da sua importância na reconstrução de uma Humanidade tão dilacerada e esquecida neste mundo que parece caminhar para um isolamento cada vez maior dos indivíduos. Ler a obra magnífica e exuberante de Roberto Acruche nos traz um compromisso com a vida e com as relações sociais que vai muito além das meras frivolidades que nos cercam, trazendo-nos para uma atmosfera de reflexão e lirismo.
Outra característica fascinante da obra deste nobre vulto das artes literárias é sua capacidade infinita de associar sua cultura acadêmica com a cultura popular, criando um caleidoscópio de magia e sabedoria que torna a sua obra única. Esta união é uma façanha conseguida por pouquíssimos escritores, de privilegiada capacidade e inteligência, e Roberto Acruche está incluso neste grupo seleto.
Não quero mais ocupar o precioso tempo que temos para usufruir dos textos grandiosos presentes nesta exposição. Finalizo afirmando que Roberto Pinheiro Acruche, além de ser humano exemplar e fraterno, é um presente para todos nós que amamos a poesia. A vida torna-se mais bela, o futuro mais promissor e o amor mais presente quando lemos a obra deste grande poeta que, assim como um pássaro, voa pelos céus da arte e nos inspira a planar embalados pelos ventos de uma poesia brilhante como o Sol de cada dia.
Muito obrigado.


Carlos Augusto Souto de Alencar

EXPOSIÇÃO LITERÁRIA DO POETA ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE NO PALÁCIO DA CULTURA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES

CONVITE

A Academia Pedralva Letras e Artes tem a honra de convidar V. Sª e Exma. Família para participar da abertura oficial da exposição literária do Acadêmico e Poeta Roberto Pinheiro Acruche a se realizar no dia 19 de outubro de 2010, às 19 horas, no Palácio da Cultura, situado na Praça da Bandeira – Campos dos Goytacazes-RJ

SINOS DA LIBERDADE


SINOS DA LIBERDADE

Sinos da Liberdade...

Seu badalar invade-me a alma,

faz-me respirar o ar da esperança,

sonhar o sonho de criança,

acreditar que a liberdade

é mais que um direito.

Liberdade...

De caminhar, falar, viver...

Direitos meus e seus!

Dádiva dos céus, dádiva de Deus.

Ah! Liberdade...

Que sua majestade

dure para sempre – inteira...

Do jeito e maneira

como o vento sopra a brisa

e as águas descem nas cachoeiras.

Liberdade...

De sermos iguais ou desiguais...

Que diferença faz?

Não importa a cor, o grau,

a religião, a cultura, a ideologia...

Somos todos mortais.

Roberto Pinheiro Acruche

MEU VIOLÃO


MEU VIOLÃO

Violão, meu inseparável amigo, violão...

Eu queria cantar uma canção

para consolar este coração apaixonado,

que bate no peito, amargurado,

pela ausência do seu grande amor.

Violão, cante comigo uma canção,

para que esta ausência não seja ainda,

tão mais sentida...

Socorra-me, salve a minha vida

que está se afogando no pranto da solidão.

Violão, por minha amada, já não durmo,

minhas noites de lirismo e poesias

já não existem mais.

Nas taças de conhaque perdi meu rumo...

Nas madrugadas, enredado na fumaça

dos cigarros que fumo,

fico pensando no meu amor, na minha paixão...

Recordo quando você, comigo, para ela tanto cantou...

Diga-me depressa, violão,

que canção eu canto agora

para aquela mulher, que nuca mais voltou?

Roberto Pinheiro Acruche

RITA


Rita

Você era tão bonita...

De uma beleza sem igual.

Eu, como tal,

encantado com a sua silhueta

retratava na memória

você vestida de azul...

De um azul que cintilava

como o céu na sua mais fascinante imagem.

Lembro-me ainda de quanta bobagem

o tempo que desperdicei

por não ter coragem

de revelar pra você a minha fascinação.

Não mereço perdão!

Devia castigar-me

por ter sido tão covarde.

Talvez fosse a idade

talvez a timidez

só sei que a perdi de vez.

Perdi você Rita, que era tão bonita,

pra alguém que sequer merecia o seu olhar.

E você olhou

apaixonou-se

entregou-se

e se acabou na desventura

acreditando naquela criatura

que não soube amá-la

não soube respeitá-la

acabando por entregá-la

ao desgraçado mundo da ilusão.

Dói-me o coração

de vê-la tão descuidada

desiludida, acabada, desfigurada,

como não existisse mais nada...

Ou razão pra viver.

Ah! Rita, você era tão bonita!...

Roberto P. Acruche


Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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rpacruche@gmail.com
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