CONTRA PONTO
Quando a saudade aperta
e o ciúme rasga o coração,
entre a raiva e a paixão...
travado no silêncio,
no momento mais forte
da imaginação...
Xingo-te, injurio-te,
ofendo-te com as mais agressivas
e insultuosas palavras.
Chamo-te, de cortesã,
devassa, meretriz,
safada, ordinária, vadia...
Mas quando me procuras
enlouquecida de desejo...
atiro-me em teus braços,
te abraço, te beijo
chamo-te de paixão
mulher da minha vida...
e entrego-me as volúpias
do teu amor;
e no desagravo
deixo de ser senhor
para ser teu escravo,
servil e devotado amante
acorrentado aos teus desejos.
Roberto Pinheiro Acruche
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