MARI
Quando caminhávamos
de mãos unidas
pelas ruas e enamorados
éramos dois corações apaixonados,
ainda sem conhecermos, as volúpias do amor!
Beijamo-nos, e foi o primeiro beijo,
talvez o primeiro desejo
insinuando tantos outros.
Como foi doce e gostoso!
Ela tinha mel nos lábios
Açúcar em sua boca.
Mas ainda não conhecíamos as volúpias loucas do amor!
Abraçávamos...
E como eram bons os nossos abraços!
Sentia o seu corpo ainda de menina...
Às vezes trêmula de emoção,
as batidas de seu coração,
os suspiros, demonstrando seus primeiros desejos,
que acabavam sufocados pelos beijos,
cada vez mais doces e prolongados.
Éramos assim:
cheios de ternura,
apaixonados, enamorados!
Ainda não havíamos descoberto as volúpias loucas do amor!
Trocávamos carinhos...
Ela carinhosamente
delicada e suavemente
tocava-me o peito
com as pontinhas dos dedos.
Prazerosamente deixava que continuasse
a descobrir o meu corpo.
Quis retribuir o gesto,
mas confesso:
Com medo que viesse a rejeitar
abracei-lhe pra disfarçar meu desejo
e mais uma vez o beijo
sufocou os nossos primeiros anseios.
Começávamos a descobrir as volúpias loucas do amor!
Em nova troca de carinhos
toquei seus seios devagarzinho
deixando-a sentir minhas mãos
cobrir o seu peito.
Olhou-me, com um olhar mais aberto,
talvez assustado, espantado,
e diante de nossos olhares trocados
deu um sorriso leve,
com os lábios trêmulos;
fechou os olhos, cingiu-me em seus braços,
beijou-me com ternura
entrelaçamo-nos em abraços
confiou-me o seu sonho
com o rosto risonho...
E nos entregamos conscientemente
sentindo um agradável encanto
que nos trouxe à tona o sabor...
de descobrimos juntos...
As volúpias loucas do amor!
Roberto Pinheiro Acruche
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