BRUMAS DA VELHICE
Os anos passam correndo,
e eu acumulando idade,
os cabelos brancos aparecendo,
desfigurando a face da mocidade.
Minha alma insiste, remoça!...
Resiste o tempo e não envelhece.
A dor chega, o corpo padece...
-Deveras!
É só saudade das primaveras,
que precederam a de agora...
E nesta hora:
Inédito encanto
livra-me do pranto
renovando-me a esperança
com um riso de moço.
Entretanto:
A idade avança,
atinge a minha alma
que cansa
depois de tanto esforço...
Fazendo-me sentir as brumas da velhice!
Roberto P. Acruche.
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