POEMA - SAUDADE - ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE

SAUDADE
Eu senti uma dor no peito,
emotiva, impulsiva, descontrolada...
que não passava por nada;
não tinha jeito!

Percebi de repente
que uma gota de água quente
corria em minha face.
Procurei enxugá-la, rapidamente,
sem alcançar o porquê, de tamanha aflição,
que machucava o coração
e me embaraçava a mente.


Parei com tudo,
em razão da dificuldade
de cumprir qualquer atividade,
tolhido pela complexidade do meu sentimento.

E foi nesse momento
que transbordou a verdade;
a aflição que me deixava indisposto,
a lágrima que me molhava o rosto,
a dor que não mais cabia no peito
atirando-me ao leito,
Era...SAUDADE!

Roberto P. Acruche

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Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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