MARI
Autor: Roberto P. Acruche
Quando caminhávamos
De mãos unidas
Pelas ruas e enamorados
Éramos dois corações apaixonados,
Ainda sem conhecermos as volúpias do amor!
Beijamo-nos, e foi o primeiro beijo,
Talvez o primeiro desejo
Insinuando tantos outros.
Como foi doce e gostoso!
Ela tinha mel nos lábios
Açúcar em sua boca.
Mas ainda não conhecíamos as volúpias
loucas do amor!
Abraçava-nos...
E como eram bons os nossos abraços!
Sentia o seu corpo ainda de menina...
Às vezes trêmula de emoção,
As batidas de seu coração,
Os suspiros, demonstrando seus primeiros desejos,
Que acabavam sufocados pelos beijos,
Cada vez mais doces e prolongados.
Éramos assim:
Cheios de ternura,
Apaixonados, enamorados!
Ainda não havíamos descoberto as volúpias
loucas do amor!
Trocávamos carinhos...
Ela carinhosamente
Delicada e suavemente
Tocava-me o peito
Com as pontinhas dos dedos.
Prazerosamente deixava que continuasse
A descobrir o meu corpo.
Quis retribuir o gesto,
Mas confesso:
Com medo que viesse a rejeitar,
Abracei-lhe pra disfarçar meu desejo
E mais uma vez o beijo
Sufocou os nossos primeiros anseios.
Começávamos a descobrir as volúpias
loucas do amor!
Em nova troca de carinhos
Toquei seus seios devagarzinho
Deixando-a sentir minhas mãos
Cobrir o seu peito.
Olhou-me, com um olhar mais aberto,
Talvez assustado, espantado,
E diante de nossos olhares trocados
Deu um sorriso leve,
Com os lábios trêmulos;
Fechou os olhos, cingiu-me em seus braços,
Beijou-me com ternura
Entrelaçamo-nos em abraços
Confiou-me o seu sonho
Com o rosto risonho...
E nos entregamos conscientemente
Sentindo um agradável arrepiar,
Que nos trouxe à tona o sabor...
De descobrirmos juntos...
As volúpias loucas do amor!
ROBERTO ACRUCHE FAZENDO TROVAS E POESIAS
Postado por
Roberto Pinheiro Acruche
segunda-feira
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