Rita
Você era tão bonita...
De uma beleza sem igual.
Eu, como tal,
Encantado com a sua silhueta
Retratava na memória
Você vestida de azul...
De um azul que cintilava
Como o céu na sua mais fascinante imagem.
Lembro-me ainda de quanta bobagem
O tempo que desperdicei
Por não ter coragem
De revelar pra você a minha fascinação.
Não mereço perdão!
Devia castigar-me
Por ter sido tão covarde.
Talvez fosse a idade
Talvez a timidez
Só sei que a perdi de vez
Perdi você Rita, que era tão bonita,
Pra alguém que sequer merecia o seu olhar.
E você olhou
Apaixonou-se
Entregou-se
E se acabou na desventura
Acreditando naquela criatura
Que não soube amá-la
Não soube respeitá-la
Acabando por entregá-la
Ao desgraçado mundo da ilusão.
Dói-me o coração
De vê-la tão descuidada
Desiludida, acabada, desfigurada,
Como não existisse mais nada...
Ou razão pra viver.
Ah! Rita, você era tão bonita!...
Roberto P. Acruche
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