VELHOS TEMPOS "poema"

Longe vão
Tardes de verão,
Sentados ás dúzias, vadiando
Vizinhos, amigos, folguedeando
Avós, filhos, netos e irmãos,

Gente, muita gente
Boa gente
Maioria meninada,
Por conta da prosa boa,
Nas esteiras de tabôa
Espalhadas na calçada,

Insistente o nordestão
Alisando as carinhas
Areiando as criancinhas
Corzinha de pimentão

Nas ruas ainda de areia
Ouvindo histórias de Mãezinha
Contadas com voz mansinha
Histórinhas de sereia

Tinha matreira risada
E a atenção da molecada
Com tais palavras prendia
Pro mar, ela dizia,
Que suave o Paraíba corria

Serpenteando e cortando
Muitas ilhas Rodeando
Pois nas pranchas vão levando
Devagar , sempre chegando

Carregando filhos e tráias
Seguiam de Campos pra praia
Fazendo o maior sururú
Pra Atafona ou Gargaú

O tal pranchão encantado
Foi tanto e tanto imaginado
De quantas formas seria,
e quais cores o tingia ?

Se mais um pouco cresci
Mais um tanto apaixonei
Pelo que hoje já vi
pelo muito que não sei

Quarenta anos passaram
Meus olhos adimiraram
As formas do tal pranchão
Mirando a fotografia
Descobri quais cores lhe havia
Doada minha imaginação

Armando Barreto



Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo... (Mário Quintana)

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Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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