"LUZIA" - POEMA


LUZIA



Eu a encontrei

numa noite linda,

alegre, repleta de luz e fantasia.

Era carnaval!

E como tal...

Muito samba, festa e folia.

Elevei o braço para dar-lhe a mão

e com o mesmo gesto ela retribuiu.

Bateu mais forte o meu coração!

Pensei logo em beijá-la, abraçá-la;

mas naquele momento

seria atrevimento.

Num gesto, talvez, irrefletido,

espontâneo, ingênuo, ou quem sabe sutil,

ela apoiou a mão em meu ombro!

Simples, comum, natural...

Mas o suficiente para imaginar

a delicia do seu tocar

e o fascínio dos seus abraços.

Idealizei apertá-la junto ao meu peito,

para que sentisse o pulsar do meu ser.

Cingir aquele corpo

formoso, escultural, sedutor

me faria sentir frêmito de amor.

Olhei firme em seus olhos

que chamejavam...

Olhei os seus lábios, que estavam,

suavemente hesitantes e com um sorriso singelo...

Não resisti à emoção,

à tentação

e audaciosamente a beijei...

Amanheci em seus braços

e mais uma vez a minha mão

deslizou docemente sobre seu corpo

e penetrei em seu paraíso.



Roberto P. Acruche

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Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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