LUZIA
Eu a encontrei
numa noite linda,
alegre, repleta de luz e fantasia.
Era carnaval!
E como tal...
Muito samba, festa e folia.
Elevei o braço para dar-lhe a mão
e com o mesmo gesto ela retribuiu.
Bateu mais forte o meu coração!
Pensei logo em beijá-la, abraçá-la;
mas naquele momento
seria atrevimento.
Num gesto, talvez, irrefletido,
espontâneo, ingênuo, ou quem sabe sutil,
ela apoiou a mão em meu ombro!
Simples, comum, natural...
Mas o suficiente para imaginar
a delicia do seu tocar
e o fascínio dos seus abraços.
Idealizei apertá-la junto ao meu peito,
para que sentisse o pulsar do meu ser.
Cingir aquele corpo
formoso, escultural, sedutor
me faria sentir frêmito de amor.
Olhei firme em seus olhos
que chamejavam...
Olhei os seus lábios, que estavam,
suavemente hesitantes e com um sorriso singelo...
Não resisti à emoção,
à tentação
e audaciosamente a beijei...
Amanheci em seus braços
e mais uma vez a minha mão
deslizou docemente sobre seu corpo
e penetrei em seu paraíso.
Roberto P. Acruche
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