FRÍGIDA
Saudade, por que me sufoca,
vive batendo em minha porta
com sua perturbante frieza?
Você é seca estéril,
é terreno arenoso
improlífico.
Você não me mata a sede
a fome
e me consome.
Por que transformou o meu amor
em dor,
minha alegria em tristeza,
minha paz em conflito,
convertendo o que era tão belo,
tão bonito,
nesta feiúra intolerante?
Quisera somente
a lembrança perfumada,
o cheiro da minha amada
e não você saudade...
Que maltrata,
rasga o peito
dilacera o coração
e não resolve nada!
Roberto Pinheiro Acruche
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