Quero o acalanto que cala Antes que o dia dispare -=-=-=-=-=-=-=-= FUGA COMICHÃO DE FRENTE. – Edmar Japiassú Maia/RJ – A Escola evolui com tal agrado, com as alas perfeitas na harmonia, que a expectativa pelo resultado encheu os componentes de alegria... Na apuração, a nota de um jurado tornou, porém, a situação sombria, pois foi-lhe um ponto, sem razão, roubado, e um sentimento de revolta ardia... Grudada na TV, a Escola inteira via, atenta, o “replay” e...de repente, aparece no vídeo o Zé Coceira que, agoniado pela comichão, a desfilar na Comissão de Frente, coçou “a coisa” em frente à Comissão! COE(A)RÊNCIA. – Olympio Coutinho/MG – Quando alguém chegar perto de você e lhe pedir um abraço não pense que ele sofre de carências afetivas ou coisas semelhantes. Os carentes, geralmente, não abraçam ninguém. Se isolam em mesas de bares, percorrem as ruas, se encostam nas esquinas da vida e se compensam em noites infernais. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=- SE VOLTARES... -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-= FUJO EU SOU PARADOXAL. – Miguel Russowsky|SC – Eu não posso levar uma vida tranqüila por ser paradoxal. E digo sem receio que rezo sem ter fé, para um Deus que não creio. Duvidar me faz bem, mas também me aniquila. Por ser paradoxal, minha vivência oscila, entre inferno bonito e o paraíso feio. Há pecados demais com virtudes no meio. No esplendor de meus sois, luz alguma cintila. Por ser paradoxal, sempre fiz da esperança uma idéia gentil perpetuamente em guerra, que, sem se definir, recua quando avança. Felicidade , a minha, eu juro que consiste, durante esta fugaz passagem pela terra, em ser um palhacinho alegremente triste. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-= A BELEZA DA VIDA. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-= ODE A BERNARDO TRANCOSO. – Clarisse Barata Sanches/Portugal – Bernardo Trancoso, Poeta brilhante! Merece os aplausos que lhe são devidos, por ter na Internet lá sítio importante, aonde possamos ser mais conhecidos! Lugar de recreio... e acariciante, de lindos sonetos de amor revestidos; seu estro inspirado, superabundante, é de ouro aquarelas e sonhos queridos! Um dia, a passeio, me surge o jardim... e logo a minha alma pulsou de carinho, ao ver ali Anjos cantando pra mim!... Estrofes luzentes, entre elas caminho... sonetos tão belos! Sonetos sem fim! Bem-haja, Bernardo, por este cantinho!
O clamor do coração,
Eu quero ouvir sua fala
Sussurrando em meu ouvido
Juras de amor e paixão!
Quero o abraço que enlaça,
Como um laço dado em nó,
Eu quero vinho na taça,
Ver você, toda sem graça,
Ser todinha, minha só!
Quero sentir a alvorada
Chegando bem de mansinho
Acendendo o nosso ninho
Ao romper da madrugada!
Quero ouvir a passarada
Pousada nos mangueirais,
Arruaças de pardais
Anunciar novo dia
Com seus cantos matinais!
E nesse exato momento,
Suplico em juramento,
Rogo que o tempo pare,
Não acabe nunca mais!
Eu queria dormir e não pensar em nada,
Apagar os pensamentos,
Descansar nas asas do vento,
Fechar as portas do coração,
Não saber quando acordar.
Quero entender as dores,
Aceitar suas imposições,
Sorrir da falta do meu sorriso,
Driblar a infelicidade...
Descansar nos travesseiros
macios dos querubins,
Brincar com meus fantasmas,
Conviver com o silêncio dos mortos...
e tampouco no amanhã...
Navegar pelo paraíso perdido,
onde o desejo estivesse
ao meu alcance, sem precisar
ficar à procura de nada...
Sem nada querer e sem nada perder...
Diluir-me nas asas do tempo,
Encontrar-me com fadas e duendes...
o que fui ou o que poderei vir a ser...
Queria voar, voar, voar,
até fugir de mim...
Perder -me no infinito de um
sonho e ficar lá para sempre!
A dor
renasce em mim
a cada dia,
quando acordo,
e te vendo
a meu lado,
tento falar-te,
tento tocar-te,
e não consigo,
pois estás
a milhões
de anos-luz
distante
de mim.
– Rogaciano Leite/PE –
Como o sândalo humilde que perfuma
o ferro do machado que lhe corta,
hei de ter a minh'alma sempre morta
mas não me vingarei de coisa alguma.
Se algum dia, perdida pela bruma,
resolveres bater à minha porta,
em vez da humilhação que desconforta
terás um leito sobre um chão de pluma.
Em troca dos desgostos que me deste,
mais carinhos terás do que tiveste
e meus beijos serão multiplicados...
Para os que voltam, pelo amor vencidos,
a vingança maior dos ofendidos
é saber abraçar os humilhados.
– João Justiniano/BA –
A beleza da vida está na própria vida,
nas flores do jardim, no fruto do pomar.
No amanhecer do dia, o sol vindo do mar,
ou da várzea, da serra - eterno na subida.
A beleza da vida está no conjugar
os rios, a floresta, e a comprida avenida...
Pista e velocidade, os pneus a rolar!
Ou, no espinho e na rosa? Ou na idade vivida?
A beleza da vida – o homem no trabalho,
no campo ou na cidade. A enxada. A pena. O malho.
Mover de sonho e fé, de luz, de cabedais.
A beleza da vida – o todo na impulsão
de tudo que se move. O amor, o coração...
O destino da paz, a paz. A íntima paz!
NOSSO BLOG RECEBE DIÁRIAMENTE VÁRIOS POEMAS POESIAS E TROVAS VINDAS DE DIVERSOS RECANTOS DO BRASIL
Postado por
Roberto Pinheiro Acruche
sábado
Infelizmente é impossível republicar aqui todos os poemas, sonetos e centenas de Trovas que recebemos e que nos faz possuidor de uma coletânea extraordinária das inspirações de poetas e poetizas que nos brindam com suas poesias.
Súplica
Antonio Manoel Abreu Sardenberg
São Fidélis "Cidade Poema"
Brasil
Zena Maciel
Recife/PE
Brasil
Estou cansada de mim!
Viajar à toa pelo infinito,
Não pensar no ontem, nem no hoje
Vagar por entre as nuvens,
Não me preocupar em saber o que sou,
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DISTANTE
Gislaine Canales/SC
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Isabel Passos
Lisboa/Potugal
Fujo. Fujo de ti, fujo de mim.
Fujo da vida, enfim...
Levaste contigo a minha alegria de viver,
a minha força de querer.
Aos poucos estou a morrer vivendo sem viver.
Sigo, bebendo da emoção de amigos queridos,
poucos, muito poucos, mas verdadeiros, leais.
Tão reais que, ainda que haja interrupções ao longo da vida, retomam onde foi interrompida. Sem mágoas, sem rancor,
com amor, respeito, tolerância.
Que neste coração vazio, sem dor,
sem nada, já nem existe a ânsia...
Penso,
penso,
penso nesta clausura, neste isolamento.
Porque me inflijo tal sofrimento.
Não, não lamento, porque é assim que quero estar, porque não tenho a quem amar, porque entre Vida e alegria, sou ninguém. Só, entre meus rabiscos, me sinto bem.
Porque não estás lá, também?
Por onde andas amor?
Porque te escondes?
Mostra-te por favor!
Não me deixes assim, sem vontade de mim.
Sem vibrar de sentimento...
Acaba por ser um tormento assim viver,
lentamente a fenecer.
Não existe maior dor que ter uma vida para viver, vê-la passar como mero espectador, porque foge ao auto controlo a vontade de querer outra coisa qualquer...
2010/03/23
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