A cidade de Campos dos Goytacazes não pode assistir calada, inerte e conformada, o encerramento das atividades do Jornal Monitor Campista.
O Monitor Campista é para todos nós, mais que um jornal, muito mais do que um matutino ou diário de informação, de um caderno habitual de leitura; é uma instituição, é um patrimônio cultural, histórico, de credibilidade incensurável, irrepreensível, irreprochável.
Um jornal que se tornou a memória de um povo, de uma região, que pugna pela verdade, pela decência da notícia, que venceu anos, tragédias, guerras, movimentos ideológicos e tantas outras batalhas, não pode simplesmente fechar as suas portas, paralisar as suas atividades, travar as suas máquinas, deixar de imprimir de um momento para outro os fatos que continuam sendo gerados. Por tudo que se relaciona a sua existência, tornou-se um patrimônio público regional, e o seu desaparecimento é a falência pública de grande parte da nossa história.
Lamentável por todos os aspectos é esse acontecimento; e é extremamente doloroso vivenciá-lo. O tamanho da perda é imensurável, chega a tocar no fundo da alma como se fosse uma vergonhosa derrota pessoal.
Roberto Pinheiro Acruche
Membro efetivo da Acedemia Pedralva Letras e Artes
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