ATO FINAL - LITERATURA DO INTERIOR

ATO FINAL
Autor: Roberto Pinheiro Acruche
Inspirado no Poema Final de Ato (desconheço o autor)
em homenagem ao grande e brilhante declamador Manoel Junqueira.

Dispois de tanto disamor,
di tanto feito disgostoso,
di tanto grito raivoso,
nois nus juntemos.
Ah!... Nois nus juntemos,
i foi uma juntada fatá.
Ela cumigo garrou-se;
i Eu disse: isso mermo
garra-se cum tudo.
i nois dois fiquemos mudo
sem vontade di falá.
Ela inguliu um soluço,
Eu inguli bem uns quatro,
i pé pru quarto.
Cada um disfez sua troxa,
e na hora mais pidida
nois nuis olhemos
e brinquemos.
Eu fiz rodeio,
eu fiz trapézio, pula canguru.
Ela ficô virada pru norte
e eu virado pru sul.
Agora nois mais vai si vê,
mermo quela pintada di carvão,
lá nu fundo do quintá.
I si cum ela sonhá
acordo e faço três cruz;
é cruz, é cruz, é cruz
i agradeço a Jesus.
O Brasil é muito grandi
Maise num dá pra nois separá.
Intão passou-se tanto tiempo
i comu é bão recordá!

Onti nois briguemos!
Eu parti pra riba dela
cum vontadi di inté matá;
Ela mi deu um arrocho
E si Eu fossi um cabra froxo
istava aqui em dois pedaço.
I foi tanto, tanto arrojo,
i tanto gemido choroso,
qui nem dá pra contá.

Então nois si separemos
e o Brasil ficou piqueno
não dá maise prá nois dois morá.

Roberto Pinheiro Acruche

0 comentários:


Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

ESCREVA PARA MIM!

rpacruche@gmail.com
Visitas

free counter
Orbitz Cheap Ticket

Visitantes Online