POEMA "A ÚLTIMA GOTA"

A ÚLTIMA GOTA
Ela suspirou densamente
como se aspirasse
à última gota de oxigênio!
         Fechou os olhos,
         seus fascinantes olhos claros,
         entregando-me os seus lábios
sedentos de amor!
         E um beijo prolongado, selado, molhado,
         irrigou os nossos corações
         despertando ainda mais,
         a paixão que nos envolvia.
No calor de nossos abraços,
fomos nos despindo de cada peça
que impediam o encontro de nossa pele.
                   Desnudos, e num trocar de carinhos
                   fomos devagarzinho
fazendo fluir a chama que nos aquecia.
         Ardentemente nos entregávamos,
         numa entrega sem pudor,
         esbanjando amor
         em cada pedacinho de nosso ser.
Os lençóis rolaram,
os travesseiros caíram,
a melodia que climatizava romanticamente
o ambiente, acabou
e só fomos perceber
que depois do prazer
adormecemos respirando o ar da felicidade.
         Os nossos olhares se cruzaram,
         nossos lábios murmuraram e
         respiramos instintivamente
         o ar do amor.
Eu, depois disso tudo,
aspirando lentamente o
aroma suave da flor,
que adormeceu entre meus braços,
suspirei densamente,
como se aspirasse
à última gota de oxigênio.
Autor: Roberto \pinheiro Acruche

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Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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