MEU PRIMEIRO LAR


MEU PRIMEIRO LAR

Meu primeiro lar!...

Tenho ainda na memória

cada dia, cada imagem

e que hoje é só saudade.

Meu primeiro lar!...

Quantas lembranças queridas,

aquilo sim, é que era vida.

Meu primeiro lar!...

De onde vi pela primeira vez

a luz do sol a brilhar,

a beleza do luar

prateando aquele pomar

que o cercava de verdes e frutos.

Não sei quantos anos foram precisos

para o meu pai construir aquele paraíso!

Somente sei,

que a lembrança vai durar por todos os anos do meu viver.

Meu primeiro lar!...

Meu berço, que abrigou o meu nascimento,

que testemunhou o meu primeiro choro

o meu primeiro sorriso

os meus primeiros passos

os primeiros abraços,

todos os meus primeiros momentos...

Ah! Meu primeiro lar,

que me ouvia falar, cantar...

que assistia o meu adormecer

e o meu despertar.

Meu primeiro lar!...

Onde reinou a felicidade

onde nunca vi maldade

onde a solidariedade

também fez morada.

É como conto de fada...

Um sonho realizado.

Foram doze anos abençoados

ali intensamente vividos

junto aos meus irmãos e pais queridos.

Ah! Meu primeiro lar,

não tenho o seu retrato comigo

mas a sua imagem eu não consigo

remover da mente.

Lembro... Na frente...

Aquele jardim...

Um horto de rosas, cravos, dálias,

gira-sol e jasmim,

perfumando o ar que ali respiramos.

Havia um pé de papoulas, sempre florido,

complementando o colorido

daquele Éden aqui na terra.

Meu primeiro lar!...

Saudade é muito pouco

para expressar o que sinto.

Como voltar ao tempo?

Para reviver aqueles momentos

desde o meu nascimento

até a infância vivida.

Sei da impossibilidade,

todavia, a nostalgia de agora,

faz fluir a realidade...

Vivi a felicidade.

Meu primeiro lar!...

Hoje apenas sonhos, imaginação.

lamentação do dia

que fui para matar a saudade

e não mais o encontrei...

Que mãos o derrubaram, não sei!

Estava tudo no chão...

O pomar, onde tanto brinquei,

os pássaros cantavam,

os frutos colhia,

não mais existiam.

Amargurado, consternado, retirei-me calado,

e por anos passados,

não retornei ao lugar.

Resta somente agora, um solo abandonado...

Cercado com arame farpado.

Ah! Meu primeiro lar,

pudesse eu reconstruí-lo

refazer tudo aquilo...

Na varanda ficaria

na imaginação refletindo...

Crianças alegremente correndo,

frutos amadurecendo,

flores resplandecendo,

pássaros gorjeando,

sol se pondo,

a lua surgindo

céu estrelado...

Os meus pais sorrindo...

Seria... Inexplicavelmente lindo.

Meu primeiro lar...

Preciso essa saudade afogar

ao menos idear

que a felicidade venha ressurgir...

Se as nuvens passam e voltam

se as tempestades vão e voltam

se o sol e a lua vão e voltam

por que, só você, não volta pra mim?

Roberto P. Acruche

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