CAFÉ LITERÁRIO ANTÔNIO ROBERTO FERNANDES

Coordenado pelo Acadêmico THELMO LOPES ALBERNAZ, foi realizada na noite de 10/12/2009, a última edição do ano do Café Literário Antônio Roberto Fernandes, que voltará a ser realizada no dia 11/03/2010, após o recesso de verão. Foi um momento cultural dos mais movimentados e participativos, com muitos poetas, poetisas, trovadores, declamadores, cantores e músicos que se alternaram na apresentação. Entre os que participaram destacamos a presença do atual presidente da Academia Pedralva Letras e Artes JOSÉ GURGEL, que após declamar um belo poema de sua autoria, convidou a todos para participar da última reunião literária da Academia, no próximo sábado, dia 12/12, quando também acontecerá a festa de encerramento da sua gestão; do atual vice-presidente da Academia Pedralva, acadêmico e um dos maiores sonetistas da região Dr. José Viana Gonçalves; das poetisas Lyza Castro, Heloiza Crespo, Sueli Petrucci que estará presidindo a academia Pedralva no biênio 2010/2011; dos acadêmicos Aldiney de Souza Sá, Agostinho Rodrigues, Manoel Junqueira; do compositor e cantor Geraldo Linhares, do cantor Dino Mendes e das cantoras Gleyde Jane da Silva Costa, Rita e Aparecida dos Santos.
Acadêmica, poetisa e presidente eleita da Academia Pedralva Letras e Artes para o biênio 2o10/2011 Sueli Petrucci.
Acadêmica e poetisa Lysa Castro declamando mais um dos seus belos poemas.

Roberto Acruche que declamou o poema de sua autoria "MEU ESPELHO"
MEU ESPELHO

Meu espelho, revelador!...
Arca de memórias,
juiz implacável do presente,
profeta mudo do futuro,
confessionário e principal consultor.
Sorrindo diante de ti
relembro os meus dias de infância
gesticulando e fazendo caretas...
Na vaidade da adolescência e juventude
extraindo acnes, penteando os cabelos,
raspando os primeiros fios de barba
experimentando roupas...
Quanto desvelo, com a aparência!
Tudo sem perceber as transformações naturais
provocadas pela maturidade,
fator imposto pela idade,
pelo tempo, senhor de cada momento,
fosse ele, alegre, feliz, triste ou sofrido.
Agora, diante de ti,
mesmo estando a sorri
estou subordinado às mutações...
Uma ruga que antes não existia,
hoje, habita e marca a minha fisionomia...
Os cabelos longos, fortes, cheios,
que exigiam tantos cuidados,
apenas uns poucos, ainda existem,
presentemente esbranquiçados
e jogados um tanto para os lados.
No entanto, o que mais me revela e me assusta,
não é a modificação, irreversível, progressiva e bruta,
não são os momentos felizes ou tristes do passado;
nem o que fiz, de certo ou errado;
não são os tempos perdidos, desiludidos...
Não são os ideais que não puderam ser alcançados;
ainda que me deixem entristecido.
Muito menos, por tanto haver me empenhado
e me obrigado a compromissos...
Nada disso!
Mesmo que tenham me abalado, também não são,
as paixões e os amores fracassados...
Não é o futuro das minhas obras e conquistas;
não é a aparência de um homem cansado
desestabilizado, desalinhado,
vivido, sofrido,
nem sempre barbeado...
Definhando!...
Mas o que verdadeiramente me revela e me assusta
é o presente!... Esse presente
sem prorrogação, motivação,
sem meios de recuperação;
para a efetivação de tantos sonhos
que ainda vivo sonhando.


Roberto P. Acruche

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Quem Sou eu

Eu sou um caso,
um ocaso!
Eu sou um ser,
sem saber quem ser!
Eu sou uma esperança,
sem forças!
Eu sou energia,
ora cansada!
Eu sou um velho,
ora criança!
Eu sou um moço,
ora velho!
Eu sou uma luz,
ora apagada!
Eu sou tudo,
não sou nada!
Roberto P. Acruche

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